15 de abril de 2004

O Parlamento Açoriano do Futuro I

Os Parlamentos são o bombo da festa. Quando algum Governante está em minoria diz que não faz por causa do Parlamento, quando está em maioria, não respeita as suas decisões ou directrizes.
O Povo, anónimo e intemporal, muitas vezes sem entender bem o que fazem os deputados, muitas vezes sem entender que eles são os seus directos representantes, também desanca na Instituição e nos seus actores.

Eu diria que o Parlamentarismo está em decadência e os Parlamentares, sendo a classe politica mais mal paga e com menos poder, é a que mais sofre das bocas, muitas vezes manipuladas, da opinião pública.

O Parlamento Açoriano não foge à regra e não se têm feito alterações significativas ao seu funcionamento de forma a transforma-lo numa instituição mais eficiente e virada para o futuro.

Não podemos duvidar da necessidade da sua existência. Contudo há que modernizar. Sim Eu sei que se têm feito umas coisas, no meu tempo Eu era o único que usava um computador, isso foi só na última legislatura 1996/2000, não foi na idade da pedra. Mas não falo em modernizar em termos de novas tecnologias ou da divulgação do trabalho parlamentar.

Acho que existe uma necessidade abrupta de modernizar métodos de trabalho e fazer outro tipo de debate parlamentar, sem coisas absurdas como usar a defesa da honra por dizer uma qualquer baboseira porque já acabou o tempo para intervir, ou usar uma declaração de voto para rebater a última laracha largada da bancada do outro lado em aparte.

Embora o poder legislativo dos Parlamentos, seja a sua essência e a sua mais importante razão de ser, a verdade é que cada vez será mais difícil, ao nível regional, inovar em termos legislativos, pois estamos bastante condicionados pelas leis imanadas de Bruxelas e da Assembleia da República. Contudo, isso não nos poderá coibir de debater os nossos assuntos internos e externos sem limitações.

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