18 de abril de 2004

O Parlamento Açoriano do Futuro III

Tentei nos últimos três dias fazer uma reflexão séria sobre o funcionamento do nosso Parlamento. Este é o último de uma trilogia de "posts" sobre o assunto.
Em ano de eleições para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores, que alguns tentam confundir com a eleição do Presidente do Governo Regional dos Açores, nada mais natural do que discutir e reflectir sobre a sua necessidade de existir, a sua eficácia, a sua renovação e a sua divulgação e relação com o Povo anónimo que a elege.

Em relação à sua necessidade de existir, já ouvi, em surdina, muita gente dizer que ela é absolutamente desnecessária e que tem um custo muito elevado para o trabalho produzido. Contudo, em público, ninguém tem a coragem de vociferar ou sequer dizer tal enormidade. Eu acho que o custo que possa ter qualquer parlamento é sempre irrisório se comparado com a falta de democraticidade e representatividade que a sua inexistência provocaria na sociedade Açoriana. Já defendi até, em “post” aqui há uns meses, o aumento do número de deputados, o que nem é uma posição muito eleitoralista mas que é a minha convicção para o melhor funcionamento e para uma maior equidade na representatividade das Ilhas.

A forma como os deputados, o seu trabalho e os resultados deste memo trabalho são dados a conhecer ao público, são o grande calcanhar de Aquiles e o problema mais premente de resolver a curto prazo sob pena de se ver crescente o presente clima de indiferença em relação à labuta dos, legítimos e democraticamente eleitos, representantes directos do Povo na ALRA.

Confesso que fiquei à espera de mais reacções e comentários, sugestões e soluções.
Mas não.
A “Blogosfera” tem dessas coisa, quando se tratam assuntos superficiais somos atacados porque somos superficiais, quando aprofundamos ninguém se interessa por eles.
Resta-me continuar e insistir. Contudo, tenho pena que dos últimos quatro “post” que fiz, só a pequena critica que fiz aos políticos que se demitem das suas responsabilidades públicas para atacarem quem as assume, utilizando para tal o exemplo do António José Almeida, tenha tido tão grande adesão e tenha desencadeado tão grande onda de comentários e solidariedades politicas.
Resta-me ter esperança que nos Açores se passe, de facto a discutir o importante deixando o acessório para a galhofa.
"demoracy is the worst form of government except for all those other forms thath have been tried from time to time"

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