1 de abril de 2004

Se...

Abri os olhos estremunhado mas com a sensação de quem já tinha dormido tudo o que havia para dormir. Mirei a janela entreaberta e vi lá fora um lampião acesso. Era noite ainda. Às apalpadelas peguei no relógio em cima da mesa de cabeceira. Eram 4 horas.
Bolas 4 horas da manhã e a noite estava já feita. Nada mais havia a fazer levantar e trabalhar que esta coisa de ficar a rebolar na cama não é para mim.

Nestas noites curtas e de dormir rápido e concentrado, atropelam-me a cabeça turbilhões de pensamentos. Escrevi a crónica do dia para o Asas do Atlântico, adiantei umas quantas de páginas e de anos na vida do “Carlins” e dei por mim sonhando os meus Açores.
Seriam ainda melhores se não fossem:
A crise na agro-pecuária;
Os problemas financeiros nos armadores de pesca;
A redução do volume de obras privadas;
Não existissem, ainda turmas de 30 alunos;
Se os currículos já tivessem sido adaptados;
Se houvesse um computador em cada sala de aula;
Se houvesse coragem de denunciar a prepotência de algumas figuras públicas;
Se não fosse 1 de Abril todos os dias.

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