14 de junho de 2004

Para o ToZé e para o PDA

Devo dizer que nutro alguma simpatia pelo PDA, mais não seja por ter a sua sede nos Açores, é sempre bom, em nome do reforço da Autonomia, desafiar o poder Central e a constituição. Estou convicto que se o PDA alguma vez tivesse uma expressão eleitoral significativa, seria perseguido pelos mais empenhados constitucionalistas que lhe haviam de encontrar ferido de constitucionalidade por ser um Partido Regional. A Constituição é que necessita ser revista mais profundamente.
Caro ToZé, em relação ao PDA e à sua "insignificante representatividade percentual numa força ainda mais reduzida, tipo corpo de David e alma de Golias", só acontece, porque infelizmente o PDA nunca conseguiu o que o CDS/PP conseguiu em 1996 e o BE está à beira de conseguir agora. OU seja, ser alvo do voto do protesto. Tudo o que estudei e os números que vi, levam-me a acreditar convictamente que o crescimento exponencial do CDS/PP na Região a partir de 1995 foi isso mesmo, um voto de protesto, rebelde e irreverente, alicerçado numa juventude que se foi fidelizando e crescendo aos poucos.
O fenómeno do BE de agora, parece-me semelhante. O PDA, nunca deu esse passo importante, nunca teve essa capacidade, nunca teve um líder carismático que ajudasse no trabalho, nunca cativou os Jovens. Algumas vezes teve um discurso virado para a direita que já não estava interessada nas questões Regionais. Depois, virou-se para a esquerda que também já estava demasiado ocupada com a enorme panóplia de partidos que estão à esquerda do PS.

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