6 de julho de 2004

À porta do meu liceu


Hoje passei à porta do meu liceu. De quando em vez apetece-me entrar e ir por ali à solta, subir ao velho ginásio, correr à volta do campo de futebol (no meu tempo era relvado), jogar à tabela, uma espécie de basquetebol a dois ou a quatro, entrar pela porta da secção e irromper rampa a baixo montado em cima do meu skate.
Lá em baixo, no pátio coberto da secção, joguei à mosca e ao "lencinho". Ainda se joga à mosca? Ou agora é mais gameboy e nintendo?
Entrei na Biblioteca e em vez de abrir um livro olhei o teto e fiquei para ali perdido nas minhas cogitações.

A biblioteca do meu liceu
O Meu liceu é o liceu mais bonito do mundo, porque é o meu liceu.
Sentado na banqueta de pedra fria do pátio da cantina, recordei os dias que passei ali. No meu liceu. Rodeado de amigos e conhecidos, de amigas e amantes deliciosas, fazendo de tudo um pouco menos estudar. Isso fazia em casa, no recato do meu quarto que, embora pequeno, dava para ter uma secretária, e estantes para os livros preferidos.
O meu liceu é o melhor liceu do mundo.
Encontrei o Sr. Manuel do Campo de Jogos e o Agostinho. Estavam lá, tal como eu, a recordar o meu liceu. Estive tentado a entrar no Avião e pedir metade dum pão com pé de torresmo. Será ainda saboroso como era dantes? Tive medo e não arrisquei. Prefiro continuar a acreditar que o pé de torresmo do Agostinho continua bom apesar da modernice da esplanada com mesas e cadeiras da coca-cola e das regras da EU obrigarem as matanças de porco a serem feitas com mais limpeza.
Eu fui hoje ao meu Liceu porque ele é o melhor liceu do Mundo.

O jardim do meu Liceu

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