1 de outubro de 2004

Futebol sentado à mesa do Orçamento

Via Sol na Eira cheguei a esta notícia.
O Decreto Legislativo Regional, criado por Álamo de Menezes e melhorado pela Comissão de Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, e que foi aprovado em sessão plenária com o meu voto, é um óptimo exemplo de como a má utilização de uma lei que, de inicio parecia muito boa e com um grau de justeza impar, se transformou rapidamente num enorme peso para Administração Regional e perniciosa no seu objectivo.
Na verdade, até então, os apoios aos clubes desportivos e às actividades desportivas e culturais não estavam abrangidos por qualquer legislação ou regulamentação. Eram, por isso, do livre arbítrio de qualquer Director Regional.
Criada a legislação, todo o sistema de apoios ficou moralizado. A lei teve, pelo menos, essa virtude.
No entanto, veio a transformar-se num pau de dois bicos. Na realidade, a táctica dos clubes passou a ser investir nos escalões inferiores, tentando assim, a subida de divisão que lhes dá acesso a um prémio, decorrente da lei, por essa subida. Alguns desses clubes, vivem exclusivamente das verbas do orçamento regional e dos apoios camarários.
Nos Açores, e não só, o negócio do futebol está sentado à mesa do orçamento. O que mais impressiona é o facto de alguns dos dirigentes desportivos, serem arrogantes e muito críticos em relação a outro tipo de subvenções existentes para outros sectores mais reprodutivos.
Não obstante os inconvenientes, continuo convicto de que, mais vale ter uma lei que defina as ajudas Regionais a esse tipo de actividades do que os subsídios dependerem do facto de um qualquer Director Regional gostar mais deste clube do que daquele outro. Assim, ao menos, não pode existir qualquer tipo de suspeição.

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