11 de fevereiro de 2005

Outra vez os tempos

Estou a caminho do Faial, já no aeroporto João Paulo II, com ingresso marcado para o voo SP570. Uma hora de voo e dá cá 158,96 euros. Felizmente o tempo está bom. Um anticiclone com cerca de 1030 hPa entendeu estacionar em cima das nossas ilhas. O tempo? O tempo do relógio irrita-me, ultrapassa-me na auto-estrada do dia-a-dia quase com desdém. Passa por mim, apita e olha para o lado e depois para traz e ri-se. Ri-se, porque me deixou para traz, porque não me permitiu mais vagar para fazer as coisas de que gosto. Há vezes em que nem tenho tempo para pensar, quanto menos para escrever. O tempo, o do relógio, é um chato, uma borbulhinha um pingo no nariz uma pedrinha no sapato.

O outro tempo, o meteorológico é algo que me fascina e atrai. Não passa dia que não leia pelo menos uma ou duas cartas de prognóstico. Depois? Bem depois comparo as minhas leituras com as da Sr.ª Navarro e com as sugestões do Pedro Moura para as senhoras irem ou não para o tanque lavara roupa. Quase sempre se diz que vamos ter céu geralmente nublado com boas abertas. Quais boas abertas, estamos com verão há 3 dias e eles a falarem de boas abertas.
Bem o que interessa é que até Domingo, queira ou não a Srª Navarro ou o Sr. Fernandes ou outro qualquer meteorologista de serviço, vamos ter bom tempo. Tempo para ir para o tanque, para o jardim, para a avenida, para o campo e até para a praia, a carta não engana, esta não é uma carta de cartomante é de meteorologista. 1040 hPa mesmo em cima das nossas Ilhas. E eu vou ver o Pico, lindo, descoberto erguendo-se no azul-cobalto do Céu, visto ali do Faial.

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