20 de julho de 2005

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Nos territórios exigentes e imaginativos da análise política, há quem aprecie Marcelo Rebelo de Sousa, António José Teixeira, Nuno Rogeiro, Pacheco Pereira ou António Barreto. Há, no entanto, quem prefira Luís Delgado, Vasco Pulido Valente, José António Saraiva ou a dona Arminda, do café A Bela da Carcaça. Dentro do comentário político, confesso: o meu preferido é Freitas do Amaral. Freitas é o comentador político do momento. Aliás, devia ir mais vezes à televisão (proponho a SIC-Notícias, com a Lourenço e o João Adelino) comentar a acção do Executivo. É que, a julgar pela entrevista que dá hoje ao DN, o homem tem um talento analítico superior à média. E é um cidadão independente e isento (sem quaisquer ligações que o comprometam), o que é cada vez mais raro nos dias de hoje. Até cita as sábias palavras de Xenofonte quando lança o comentário sobre a actualidade. Isso: se Alberto João é um xenófobo, Diogo é um xenofontófilo (o que, já dizia alguém, é muito importante nestas coisas). Faz, no meio das citações, justíssimas críticas ao Executivo de Sócrates. Das mais lúcidas que se têm lido por aí. Fez questão de observar que Sócrates actuou erradamente ao dizer, antes das eleições, que não iria aumentar os impostos. Brilhante. Perdoem-me este desabafo à taxista: até que enfim que alguém vem dizer as verdades. Proponho uma campanha nacional (popularucha, como convém) para a promoção deste novíssimo comentador (cuidado com o Edson Athayde ? que esse ajudou a tramar o Carrilho). Qualquer coisa como: para a frente Portugal, com as bocas de Freitas do Amaral. Ah, e enquanto não arranja uma tribuna qualquer, ofereço-lhe este humilde ? mas asseadito ? cantinho. Caso esteja interessado, o email está à sua disposição.
Nuno Costa Santos em A Capital de hoje

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