29 de julho de 2005

O parque da Cidade...

... vai ser reaberto, devolvido aos cidadãos. Aqui deixo o meu elogio ao actual executivo camarário que, apesar do excesso de foguetório e de outros empreendimentos menos interessantes, em boa hora, resolveu dar o tratamento que aquele espaço merecia. Merecia o seu fundador, António Borges, merecia a memória daqueles que ao Jardim dedicaram vidas inteiras, merecia a Cidade por se tratar do único espaço público com as características e dimensão daquele.
Depois de significativas se desejáveis obras de recuperação, onde foram gastos largos milhares de euros em plantas novas e relvados, não havia necessidade de se fazer uma reinauguração com um concerto de entrada livre. Em ano de eleições o executivo liderado pela "Sóra Berta" já de si dado a festas, não resistiu. Embora se trate de artista de qualidade (ao menos valha-nos isso) é caso para dizer como o Diácono Remédios: "Não havia nexexidade".
Não o merecem os pássaros que por ali vivem e nidificam; Não o merecem as plantas que foram lá colocadas de novo; Não o merecem os moradores de um dos bairros mais sossegados da cidade; Não o merecem os habituais frequentadores deste tipo de concerto que, a avaliar pelo que se vê por ai, deixarão as suas marcas indeléveis nos novos relvados e nas novas plantas, por mais cuidados que se tenham.
Será que a "Sóra Berta" perguntou aos técnicos responsáveis pela obra se aconselhavam ou não essa realização? Temo que não.
A cidade tem espaços para concertos, a Calheta, o Campo de São Francisco, as Portas da Cidade. No Jardim, apenas devem cantar os pássaros ao som dos quais acabo de escrever este texto.

Sem comentários:

Arquivo do blogue