20 de setembro de 2005

Da Capital do Império

Ia a caminho do aeroporto de Ponta Delgada, ao telefone com um amigo, quando esse me diz: Oh! Pá! essa coisa está a tremer e bem. Não senti nada. Ao volante normalmente não se sentem os tremores de terra a não ser que sejam muito fortes. Cheguei a Lisboa e corri para o televisor para tentar saber o que se havia passado. Escolas evacuadas, nas ruas, um Povo em sobressalto. Uma mulher, septuagenária diz em directo numa televisão de serviço público que levou ?com aqueles pedregulhos todos nos ombros?. Quais pedregulhos? Nem de pedras se pode dizer que se tratavam, aquilo eram pequenas partículas de estuque e barro. Quando será que essa gente aprende a não ser alarmista. E na mão de Deus colocam afinal o seu destino, sentados nos passeios ou nos relvados esperam que a terra trema mais uma vez e mais outra e mais outra até que se acalme a crise. A açorianidade também é feita de vulcões e terramotos.

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