30 de julho de 2006

Baía do Raposo


Baixa, original carregado por corsario.

Não trouxe comigo o meu computador portátil, não dava jeito. Felizmente não me esqueci do inseparável moleskine e de um lápis. Será que, um dia, se vier a ter netos e algum deles se der ao trabalho de ler estes pequenos blocos de notas vai saber o que é um lápis? Na verdade, este é um utensílio bastante rudimentar para os nossos dias que nem imagino o quão rudimentar serão daqui a uma vintena de anos. Como todos os objectos rudimentares, o lápis tem, contudo, uma utilização fundamental nas tecnologias de ponta. Por exemplo, é utilizado para escrever no espaço onde a falta de gravidade não permite a utilização de canetas e esferográficas. O lápis é um dos meus utensílios preferidos, uso-os de todas as formas, feitios, durezas e cores.
Hoje contudo, prefiro escrever directamente para um teclado de computador, mais não seja porque a minha caligrafia é tão má que quando escrevo eu e Deus sabemos o que lá está escrito, quando acabo só Deus sabe.
Não fora a presença de um pescador solitário em cima de uma pedra e este hoje seria o lugar perfeito. Claro que o Homem está no seu pleno direito, e muito embora estejamos a uns 50 metros de distância um do outro, também eu o incomodo.


Queda de Água
Vou-me embora, estou ansioso por descarregar as fotografias que fiz para o computador e ver o resultado final, escrever um texto, talvez transcrever este e publicar ao mundo.
Atrás de mim, restam vestígios de três moinhos de água, com as suas levadas, rodas e mós que outrora moeram o milho e o trigo com que se fazia o pão. São resquícios de uma actividade industrial que cresceu nestas Ilhas até meados do século XX. Seriam propriedade do tal Raposo que não seu quem é mas vou descobrir.
Por aqui há esta baía que se chama do Raposo, há ainda dois lugares de terras boas de lavoura que também se chamam do Raposo, um na Freguesia de São Pedro, outro em Santo Espírito ali para as bandas de Malbusca.
Aqui, nesta Baía, também se plantaram videiras e construíram currais de pedra em socalcos, restam apenas uma meia dúzia deles e totalmente abandonados.
Vou agora empreender a subida de regresso ao lugar das Feteiras de São Pedro. Até mais logo.


Moinho

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