2 de novembro de 2006

Da desunião das Ilhas.

A unidade das Ilhas faz-se quando, cada uma delas, for capaz de potenciar a suas idiossincrasias, trilhar o seu caminho, sem esperar que outra comunidade faça o trabalho de casa.
A desunião destas Ilhas tem sido provocada por um discurso político bairrista e interesseiro por parte de algumas elites e pseudo elites politicas de Ilhas onde as fontes de riqueza não se alteraram, nos últimos 30 ou até 50 anos, por via da letargia, pensamentos reaccionários e falta de sentido estratégico dessas mesmas elites locais e do tecido empresarial que se habituou a que, os sucessivos governos, centrais e regionais, fizessem tudo por eles. O paternalismo de estado herdado de Salazar ou até mesmo da sociedade feudal.
Por mais descabido que pareça, a minha convicção, é que só estaremos unidos quando deixarmos de olhar uns para os outros, nesse dia deixará de haver desconfiança.
É incrível como uma preocupação, legitima da minha parte, sobre o que se está a passar na Ilha do Faial, despertou os mais recalcados sentimentos bairristas em vez de despoletar um estímulo.
Parece não haver grande interesse na comunidade local em discutir esse assunto. Contudo, ele parece-me um dos mais importantes de aprofundar, quer no contexto regional quer no contexto global.
(Continua)

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