12 de fevereiro de 2007

Parlamento sem Legitimidade (2)

A Avaliar pelos comentários no post Parlamento sem Legitimidade, dá para perceber que há muita gente que não entende e não conhece os mecanismos democráticos e outros tantos que ainda não perceberam o caminho perigoso que a nossa democracia está a percorrer.
Em primeiro lugar convém esclarecer que aquele meu post nada tem que ver com mau perder, eu nem sei se perdi, votei neste referendo com a minha consciência, é pública a minha opinião e ninguém me viu fazendo campanha nem pelo sim nem pelo não.
Contudo, preocupam-me os atropelos ao bom funcionamento das instituições democráticas, ao poder judicial e pior que isso, preocupa-me a ligeireza com que os líderes políticos deste país desrespeitam o que legislam porque acham que o Povo não os compreenderia se cumprissem a lei e as regras da democracia. Isso passa-se na justiça como o caso da menina e do Sargento, já se passou no Futebol, vai passar-se transversalmente na sociedade portuguesa e ninguém acha anormal.
Continuarei, por isso a manifestar a minha opinião. Se não queriam correr o risco de fazer um referendo que não fosse vinculativo, não o fizessem e ponto final.
Só para o Francisco Costa que ainda é novato e tem potencial: O Governo não legisla, executa, quem legisla é a Assembleia da República e as Assembleias Regionais que não o quiseram fazer. Foram a jogo num referendo com regras, regras que eles próprios criaram por descrença no Povo que os elegeu. Como para ganhar o Jogo é preciso que uma regra não seja aplicada, então não se aplica.
Alguém disse e bem, que queria ver o seu voto validado e que não estava para ser prejudicado com o facto de muitos não terem querido exercer esse direito. Devo dizer que concordo. Além disso, nem acho que uma abstenção de 56% seja um escândalo, pelo contrário é uma vitória da democracia, o que está mal é a tal regra que está na lei orgânica do referendo.

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