1 de setembro de 2007

A mim não calam!

2007.08.28 235
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O País delira com a deriva autoritária do Governo dito democrático, o país confunde determinação com autoritarismo, autoridade e lei com perseguição e delação. Só mesmo num País com fortes problemas para resolver consigo próprio, sem élites e dirigido por uma classe política que se habituou a estar sentada à mesa do orçamento e que é sustentada e aclamada pelas corporações e “Homens bons” que também estão habituados a sentar-se num canto de mesa do dito orçamento, só mesmo num país assim, se pode compreender que os mesmos democratas que vêm a terreiro desvalorizar o voto massivo num ex-ditador como figura mais importante de todos os tempos, são os que defendem a razão do Povo na escolha democrática que faz dos seus políticos. Para esses democratas de pacotilha, o Povo, umas vezes é sábio outras nem por isso.
E vai daí, um atento cidadão, candidato renegado por esses tais democratas da dita pacotilha, mas apoiado por gente de todos os quadrantes políticos, traz a lume criticas e lembranças, recordações e alvitres, sobre os desmandos da nossa tenra e leve democracia. Sobre os medos e os receios da nossa gente, dos trabalhadores, dos funcionários, dos colaboradores. E eis que toda a pinta de político aparece em defesa da desfalecida democracia a dizer que não há razão para medos que não há perseguições que não há que ter receios, como se não soubessem que tudo o que disse e escreveu Manuel Alegre no público do dia 24 de Julho era pura e pragmática verdade.
Basta ir por aí, falar com as mais diversas pessoas da chamada sociedade civil, com empresários, empreiteiros, comerciantes e até funcionários públicos, para perceber que hoje, tal como ontem, mesmo aqueles que acham que as coisas estão a ter uma deriva perigosa se calam e calam-se porque já viram ou já souberam de casos de perseguições de perda de empregos e de perdas patrimoniais graves, porque este Governo do PS nos Açores é vingativo, mesquinho e mal formado e tira da boca de quem o critica para por na boca de quem o bajula.
Extrato de texto do autor in revista FACTOS Agosto 2007

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