25 de julho de 2009

Ao longe vê-se melhor.


Fotografia do Luís Anselmo via Pari Passu
O processo de construção de estradas a decorrer em São Miguel é um erro estratégico colossal cujo preço será pago por inúmeras gerações.
O esquema encontrado para a sua execução, com recurso ao regime de scut como forma de aligeirar os processos de expropriação e a delonga no pagamento, é outro atropelo grave e permitido apenas por gentinha que nos governa sem ter noção do custo da terra, do seu valo económico e sentimental, da sua importância económica. Em suma, somos governados por ignorantes, literalmente ignorantes. Pior, são ignorantes de salão, armados em gente culta e bem formada. Pobres diabos, amostras de gente desqualificada que julga se gente de facto.
Gerações e gerações irão pagar pela porcaria que esta dita geração moderna está a fazer à nossa Ilha.
Não há respeito algum pelo património natural, pelas nascentes, pela floresta, pela história, nem sequer pelo futuro e pelo presente.
Aquilo que se entende como um benefício para as populações servidas por essas estradas, revelar-se-á, a curtíssimo prazo, num enorme custo para essas mesmas populações.
Com governantes deste pobre calibre, com associações cívicas que só se lembram dos problemas quando eles não têm retorno, com meninos ignorantes sentados em salas com professores ignorantes mas de “Magalhães” ao colo e movidos a carro eléctrico, levamos o País, a Região e as nossas pequenas comunidades locais para um abismo. As gerações vindouras que, vão já nascer no fundo do poço com a luz ínfima e longínqua parecendo-lhes um ponto de fuga infinito, terão muito mais dificuldades em sair desse buraco para onde os levamos a passos largos de fuga em frente.

PS: Já alguém explicou ao meninos que foi o verdadeiro Magalhães?

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