19 de setembro de 2011

Repensar a Europa e em força.

A organização da Europa numa nova realidade política, embora esdrúxula, mas inspirada nos modelos federalistas até então conhecidos, emerge da necessidade de mudança de paradigma para evitar o desmoronar do velho continente. Este Livro ajuda-nos a compreender, de forma invulgar e clarividente, como chegamos a este estado de confusão generalizada e como podemos sair, colectivamente, desse estado de alma.
Num momento em que olhamos para o presente e sentimos que no passado havia mais futuro, no contexto da organização das comunidades políticas, há que repensar os modelos e aplicar novas soluções aos velhos problemas, sobe pena de, não o fazendo, comprometer-mos ainda mais o futuro da Europa.
Pensar a reorganização política da Europa ao nível supra estatal, ou seja para cima dos Estados, seja num modelo Presidencialista puro ou em modelos mais brandos, tal como os conhecemos desde o dealbar da modernidade é fundamental para sairmos deste tenebroso caminho. Também ao nível infra-estatal, ou seja, para baixo do Estado, no sentido do regionalismo como ideologia de organização e governação, urge repensar conceitos, pré-conceitos e medir convenientemente, a dimensão das autonomias no sentido mais abrangente que esse termo possa ter.
As autonomias, hoje ninguém tem dúvidas, foram pensadas como medida de contenção dos ímpetos separatistas de algumas regiões da Europa, nomeadamente na Catalunha, no País Basco, Na Sicília, na Sardenha, nos Açores, no Tirol e outros. Porém, as Autonomias podem ser um instrumento fundamental para a governação da Europa, na medida em que podem ser o elo de ligação entre o poder centralizado no Parlamento e na Comissão europeus e os cidadãos dispersos e com hábitos culturais e idiomas bem diferentes.
Fazer da Europa uma União de Estado Federados é tanto mais fácil quanto mais próximo dos cidadãos o poder estiver. Pode parecer um paradoxo falar de cedência dos poderes dos Estados para uma entidade supra-estatal e ao mesmo tempo defender um reforço dos poderes das entidades infra-estatais, ou seja o regionalismo. Porém, em nosso entender, uma não é possível sem a outra e esse é que é o novo paradigma desejável para a Europa do séc. XXI.

4 comentários:

Anónimo disse...

O maior paradoxo está no modelo comparativo.O conceito de uma Europa Federal matará os pobres e enfraquecerá os ricos (Países bem entendido)Não será este o motivo da actual crise em que o pseudo federalismo, o pseudo liberalismo e outros pseudo conceitos económicos deixaram à mercê de um mercado comum a pior expressão capitalista da modernidade. A anemia económica do euro provêm da sangria constante e do parasitismo político face ao agiotismo no mercado do dinheiro. A economia europeia já não se baseia na produção de bens, mas sim na produção e pagamento de dívidas.
O federalismo europeu é cada vez mais uma quimera, tão impossível quanto a manutenção deste ideal nobre de uma Europa comum.
O que vem a seguir certamente será tudo menos pacífico. Algumas revoluções começaram assim.

Anónimo disse...

Eu tenho que repensar é o meu quintal.
Vou lavrar a relva e começar a plantar e a semear.

Essa coisa de Europa é lá longe.

maismeio.blogspot.com disse...

um bom trabalho como raciocínio.
melito

Anónimo disse...

A Iroupa?

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