15 de outubro de 2012

No rescaldo da eleições...

...  de ontem e tal como tive oportunidade de dizer aos microfones da TSF-Açores,  14 de Outubro  foi dia de festa. A festa da democracia, o dia em que, no escondidinho de um biombo podemos fazer uma cruzinha anónima e assim escolher livremente quem nos irá representar. Longe de medos atávicos de pressões dos chefes e de todos esses mitos com que muitas vezes a democracia é agitada. A Liberdade é, tal como outras coisas, um bem escasso e o qual apenas valorizamos quando a perdemos.

Ontem usei a mais poderosa arma que um cidadão pode usar, o voto. Perdi.


 


Nesta hora de balanços, há que dar os parabéns a Carlos César, o obreiro do PS-Açores, o timoneiro que até na forma como projetou e liderou a sua sucessão foi exemplar quer na tática quer na estratégia. Ganhou e de que maneira.

Até mesmo na hora de receber os louros, César soube ser humilde e dizer que esta era a hora de Vasco Cordeiro e que era a ele que os Açorianos tinham que ouvir.

Esta vitória dom PS, porém, não seria possível sem a serenidade e a competência e combatividade de Vasco Cordeiro.  É difícil ser líder depois de uma figura tão carismática como Carlos César, Vasco Cordeiro soube sê-lo e o PS construído à imagem de César soube estar ao lado do seu novo candidato.

O PSD, bem pode procurar um novo líder. Duarte  Freitas quem sabe? Mas, enquanto não se refundar não passará de um triturador de boas soluções, como já fez com Vítor Cruz e agora com Berta Cabral, a última esperança que aquele partido tinha para sair da longa noite de trevas em que se encontra. Berta Cabral tinha, há dois anos, tudo para garantir uma vitória nestas eleições. Aos poucos, o PSD foi “torrando”  o potencial da sua líder e essa foi deixando-se “torrar” pelos mesmos de sempre e que, provavelmente, se aprontam para estar ao lado do próximo líder.

O Partido Socialista abriu-se à sociedade. O PSD acantonou-se nos excelentes resultados de 1992 e deixou-se adormecer.

O CDS voltou a ser o Partido da Terceira.

7 comentários:

Anónimo disse...

O saco de gatos do PPD/PSD já de sinais de agitação.
Por hora andam todos calados, sorrateiros, velhacos, a ver para que lado o vento sopra.
Desta maneira nunca chegam lá.
Ficou mais que provado: este CDS não é o bando da Terceira. É um bando que domina a partir da Terceira, o que é bem diferente.
Por este caminho ainda vão levar mais.

Anónimo disse...

Fui colega de Vasco Cordeiro em Coimbra e fico contente pois ele nasceu para a política.Não era um aluno brilhante mas fez o curso com brilhantismo,isto é,depressa e bem(aposto que nenhum professor da Faculdade se lembra dele) pois valores mais altos esperavam por ele.

Anónimo disse...

Caro Barata
O voto é infelizmente o objectivo máximo desta democracia, tão limitada como todos aqueles que pensam que servir a democracia num cargo qualquer é suficiente para ficarem num pedestal, em que andar de Clio(como disse um deputado)era um ultraje "inaceitável"...
A democracia e os partidos têm que se reinventar, mas sobretudo têm que ter a noção constante que servir o povo que os elegeu é a maior recompensa que um democrata pode exigir...
As eleições dos Açores independentemente de uns (como o Barata)poderem ficar tristes com os resultados e outros em contraponto ficarem alegres, não são o objectivo e o fim da democracia, a luta começa com mais força no dia após,,em que é necessário compreender a realidade e transforma-la no sentido de servir a região e poder corresponder aos anseios e necessidades do Povo Açoriano...
Mas mais importante do que estas eleições, é compreender que o cerne da politica se joga nos Açores, mas principalmente na Comunidade Europeia e por via disso(e uma vez que a nossa autonomia é limitada) em Portugal e nas directivas impostas pela Troika.
Este momento devia servir para o Povo Açoriano ser chamado a pensar o seu futuro, tomando por base a actualidade e estudando o seu passado e os erros e insuficiências que ele encerra, de forma a poder dinamizar soluções económicas,politicas e sociais acertadas para os Açores.
Seria uma oportunidade de envolver a escola e os movimentos culturais e científicos, aos políticos, ao trabalho e aos empresários, para que todos juntos juntassem ideias e contribuíssem para este movimento.
Açor

Anónimo disse...

Os melhores venceram.

Esta é a mais pura das verdades.

César escolheu um sucessor à altura, um homem inteligente e sensato e um excelente comunicador.

Anónimo disse...

Barata, lá se foi um possível líder. Nao é que fosse preciso grande calibre inteletual para concluir isso mas os homens da torrefaçao vao ja tratar do assunto. ao menos alguns deles já nao vao ser deputados. O problema do PSD é que quem manda nao exerce politica ativa.

Anónimo disse...

E o queniano muçulmano do obama vai ser reeleito? Ou vai ser o primeiro prisedente da amerca a não ser reeleito da história?

Anónimo disse...

Caro Anonimo das 4.30p.m.
Salvo melhor entendimento Obama se não for reeleito nem será o único nem próximo disso...
É de profundo mau gosto e de desconhecimento total da história da América ironizar com a ascendência multi-cultural do Obama, não só por ele ser Americano de Direito e de Nascença, mas por serem(com excepção dos Índios)todos os Americanos descendentes de outros povos(até de Açorianos)...
Seja como for e apesar dos erros de Obama ele é muito mais adequado à América dos nossos dias do que o Republicano(que apesar dos seus esforços de centralismo)as suas ideias são contra conducentes mesmo para Portugal e para os Açorianos na América.
Saudações
Açor

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